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Altas que viram pó: Os riscos de comprar papéis que passam por fusões e aquisições

Confira a participação de Felipe Moura, sócio e analista de investimentos da Finacap, em reportagem para o portal Fusões & Aquisições.


O que investidor deve olhar?


Os investidores devem tomar cuidados na hora de decidirem se vale a pena embarcar em um papel que pode ser comprado ou vendido por outra empresa. De acordo com Felipe Moura, analista da gestora Finacap, o primeiro passo é observar as possíveis sinergias, se há redundâncias que podem ser eliminadas. Depois, comparar a margem.


“Tudo isso é muito importante. Por exemplo, a fusão entre Suzano (SUZB3) e Fibria (que ocorreu em 2018 e foi avaliada em US$ 14,5 bilhões) tinha muita sinergia. Agora, BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), a princípio, nem tanta, porque eles vão manter as operações separadas”, diz.


Outro ponto importante é o mercado endereçável, ou seja, market share (participação de mercado) das companhias. Gol e a Azul, por exemplo. Se a Azul fizer a fusão, a companhia resultante vai ter mais de 50% do market share.


Apesar disso, o analista pondera que é difícil prever, com exatidão, o que esperar do negócio porque dependerá de muitas variáveis. “Você realmente só vai conseguir entender quando o processo estiver rolando. A planilha consegue modelar qualquer coisa. Mas, eu acho que no primeiro momento, é importante observar a sinergia e como é que fica o market share depois daquele movimento”, conclui.



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